O Dia Internacional do Preservativo com atuação das Fado Bicha, numa iniciativa GAT e AHF simultânea em 45 países.
Segunda-feira, 13 de fevereiro, durante todo o dia, o Largo do Intendente, em Lisboa, vai ser palco das comemorações do Dia Internacional do Preservativo com animação, distribuição de preservativos e rastreios rápidos e anónimos ao VIH, sífilis, hepatite B e hepatite C. Tudo grátis. As atividades, promovidas pelo GAT Grupo de Ativistas em Tratamento, começam pela manhã e só terminam ao fim da tarde.
O GAT junta-se à sua parceira internacional AIDS Healthcare Foundation (AHF), organizando em Lisboa um dos vários eventos comemorativos “Sempre na Moda”, que ocorrerão simultaneamente em 45 países, para destacar a importância de ajudar as pessoas a assumirem o controlo da sua saúde através do acesso gratuito e universal à educação sexual e a métodos de prevenção como o preservativo.
PORQUE É QUE O PRESERVATIVO NÃO PODE SAIR DE MODA?
Ricardo Fernandes, diretor executivo do GAT, argumenta que “defender o uso do preservativo é mais vital do que nunca, quando mais de 1 milhão de infeções sexualmente transmissíveis são reportadas diariamente num mundo que está muito atrás das metas de prevenção do VIH definidas pela ONUSIDA. Portugal continua a ser o país da Europa Ocidental com mais casos de infeção pelo VIH por 100 000 habitantes. Mas podemos virar a página, trabalhando para garantir que toda a gente possa ter acesso a preservativos, um dos vários métodos de prevenção existentes, independentemente de onde vivam. No interior ou no litoral, em Portugal como no estrangeiro.”
Só no ano passado, o GAT distribuiu gratuitamente mais de um milhão e quinhentos mil preservativos, quase metade dos preservativos distribuídos até setembro de 2022 em Portugal. Em 2019 o total nacional de preservativos distribuídos era de 5 500 milhões, sendo que em 2022 o valor total foi de 3 739 milhões. Embora este número represente um aumento em relação a anos anteriores (2020/2021), está ainda assim longe dos valores pré-pandemia que já se demonstravam insuficientes para as necessidades nacionais. Urge aumentar a aquisição e disponibilização de materiais preventivos.
Ricardo Fernandes alerta que “as organizações comunitárias precisam de mais apoios e o Estado deveria fazer um maior esforço na disponibilização gratuita desta forma de prevenção. Portugal continua sem uma estratégia de prevenção do VIH e outras IST com recursos alocados e algumas populações-chave têm ainda dificuldades em aceder a materiais de prevenção, nomeadamente à PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), um medicamento que impede a infeção por VIH. É inaceitável que o preservativo não seja disponibilizado de forma acessível e consistente nas escolas e nas prisões, bem como noutros contextos de maior vulnerabilidade.”
Esta é uma iniciativa da AIDS Healthcare Foundation (AHF) com o GAT Grupo de Ativistas em Tratamentos, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa – através do programa Lisboa Sem SIDA, e com a Junta de Freguesia de Arroios.
INFORMAÇÃO SOBRE OS EVENTOS INTERNACIONAIS
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